sábado, 1 de novembro de 2008

W.

A semana passada fui ver o filme W.

Uma biografia do actual presidente dos EUA george W. bush.

Realizado pelo Oliver Stone.

Ainda não percebi se gostei.

A perspectiva que nos é dada, é a de um Bush humanizado:
- Com problemas com alcool;
- A conquistar a Laura;
- A não ter o seu valor reconhecido pelo próprio pai, que despoletava nele a vontade de lhe provar que conseguia.
- ...

É verdade que o Bush bronco, com pouco "saber-estar", e com aqueles comentários tipicamente asnáticos, também são retratados. (ou não teria o filme a sua credibilidade).
Houve um crítico que disse que Bush é representado no filme como sendo "tão carismático quanto estúpido, tão idealista quanto perigosamente inocente".

A sensação que fica, é que quase chegamos a perceber porque é que ele é assim!

Não gostei muito da sensação.
Do filme... ainda não percebi!

Cavalia

Esta semana fui ver o Cavalia.

Um espectáculo inventado pelo canadiano Normand Latourelle, um dos fundadores do Cirque du Soleil, que um dia imaginou "juntar em palco homens e cavalos numa harmonia perfeita".

Nunca fui apreciadora de espectáculos com animais, pelo simples facto de não perceber os métodos utilizados para os treinar. A imagem de subjugação de um animal perante uma plateia que se ri, e aplaude, faz-me lembrar aquela imagem que muitas vezes vemos naqueles filmes épicos, em que os bobos da corte existiam para divertir os seus reis.

Talvez seja uma imagem um pouco extremista. Compreendo que muitas das pessoas que vão ver, por exemplo, o Cavalia é porque gostam imenso de Cavalos. Incomoda-me simplesmente pensar que para eles nos entreterem, talvez tenham levado umas quantas chicoteadas...

Mas eu também fui ver! Ofereceram-me convite (mais uma vez, obrigada Hugo). E porque não?

Os Cavalos.
Não tinham grandes exibições. O que até me agradou por perceber que o nível de exigência não era assim tão alto para os animais. No fundo davam o ar da sua graciosidade, e de vez enquando lá faziam uma vénia ao público presente. Em algumas cenas também andavam por lá sem rédias, cujo objectivo era simplesmente galopar desmedidamente.

Os acrobatas. Os bailarinos.
O potencial é grande, sem dúvida.

A música.
Há que dar o mérito. Era ao vivo. A voz feminina era bonita. Não apreciei, no entanto, o estilo. Muito celestial. Daquela que não varia muito, que não entusiasma, que não faz arrepiar. Talvez fosse o objectivo, compenetrarmo-nos nas exibições apenas...

A integração de tudo. O espectáculo.
Isoladamente tem cenas muito boas. Na globalidade acho que lhe falta maturidade.
Quem viu um Cirque du Solei (eu vi o "Love" em Las Vegas :)), inevitavelmente leva essa referência como acompanhante. É um espectáculo sólido. Nada falha. Há uma grande integração e coerência de cena para cena.
No Cavalia, senti que há ali cenas isoladas, com exibições humanas fantásticas, mas que não passam disso. São as cenas do "nós sabemos fazer isto". So what? Falta solidez!
Mas o potencial é grande.

A imagem.


Sem dúvida muito boa. Bastante criativa!!