segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Rico

Parece que deixei morrer por uns tempos o meu pequeno blogue...
Às vezes tenho este defeito. Sou uma seca! :)

Hoje trago-vos o Rico Loop.
Isto, porque andava aqui a vasculhar umas coisas minhas, ao que encontro um postal assinado pelo próprio. Depois de lhe ter oferecido um pontapé no bairro, tinha que ter uma troca! :) (interesseira eu...)

E então, lembrei-me que não podia deixar de partilhar este... ...Rico senhor!! Músico!! Oriundo da Alemanha, presentemente a viver em Ibiza.

O conceito dele é muito simples:
Começa por criar um ritmo, um som; grava-o. Por cima desse ritmo, grava outro. Por cima desses dois, grava outro. E assim sucessivamente até que chega a um ponto em que parece que temos ali uma banda de uma série de instrumentos, à nossa frente.
Toda fabricada por ele.
Ali.
No momento.

Piano de sopro.
Voz. (canto, beat box, o que ele quer!)
Guitarra eléctrica.
Improviso de instrumentos de sopro (garrafas com diferentes quantidades de líquido).
Baixo.
Harmónica.

O que quisermos. Ele toca.
Ele domina a música de uma maneira arrepiante.

Em palco.
É tão estranho. A primeira vez que o vi no Porto (talvez em Junho deste ano), achei que daquela maneira, só podia estar num estado completo de não sobriedade.

A segunda e a terceira :), já em Lisboa, eu falei com ele antes e depois dos espectáculos.
A conclusão foi simples.
É uma pessoa cheia de humildade, que vive aquele concerto multi-instrumentista de uma maneira tão intensa, tão solitária, que acho que acaba por se esquecer que está perante uma plateia.
Ás vezes chegava a parecer que estavamos perante uma criança que brincava no seu "tapete" com brinquedos novos, sedenta de os explorar.

Como alguém me disse, o Rico tão depressa parece ter 5 anos, como a seguir 50.

Lá está a teoria da bipolaridade! É inevitável! :)

Ora vejam então o pequeno Rico:
http://www.youtube.com/watch?v=l0NBNRae_fo

Beijos e/ou abraços! :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A diva. A rainha. O corpo.

A Madonna.

Ontem fui vê-la ao parque da Bela Vista.

Primeiro que conseguisse lá entrar foi caótico; para jantar... nem sequer cheguei a comer nada!

E foi assim, com esta disposição de seca de algumas horas, e com alguma (muita) fome que me preparava para O Concerto!

Mal Ela entrou, esqueci tudo o que estava para trás!
(impressionante a quantidade de luzes de máquinas e de tlm que se viam na abertura do concerto)

O ritmo desde cedo, se mostrou completamente entusiamante.

A Madonna, demasiadamente cativante.

A questão foi unânime a todos os 75 mil espectadores: como é que é possível esta Mulher ter 50 anos e ter o físico que tem, a energia, a sensualidade, a soberania em palco, etc etc?

As músicas, conheci poucas; os clássicos.
- Like a Prayer (especialmente nesta 75mil pessoas cantaram, aplaudiram, dançaram);
- Vogue;
- Ray of Light;
- Music;
- La Isla Bonita (precedida de um "hablas espanhol" de Madonna, com uma versão muito sui generis, ao som de uma banda de músicos ciganos romenos).

Os menos clássicos:
- Hung Up;
- 4 minutes.
O resto, passei a conhecer lá. :)
Mas todo o espectáculo foi brutalíssimo, bastante dinâmico.
Ela cantou num cadilac; por cima de um piano; a saltar à corda (com 2 cordas em simultâneo, com sentidos opostos); por cima da mesa de um DJ (a fazer a dança do varão); tocou guitarra encarnada numa verdadeira metaleira; ...
Assistimos a um misto de estilos; de Madonnas, todas elas surpreendentes.

A polémica.
Já a tinha sido quando foi apresentada pela primeira vez nesta tour.
Um vídeo fenomenal, intitulado de "Get Stupid".
Começa com imagens de consumismo excessivo, encadeando-se com a pobreza, a guerra, a fome, ao mesmo tempo que a isto se associam personalidades como Hitler e... ...John McCain.
Já associado ao lema "Get up. It's time. (...) If you wait too long, it will be too late", aparecem imagens pacifistas associadas a Gandhi, John Lennon, Bono, e... Barack Obama (a terminar o vídeo).

Claro está que daqui surgiram reacções do candidato John McCain.

Basicamente a Madonna está a um nível tal, que se pode dar ao luxo de ser dona de polémicas destas, sem grandes consequências...

Passadas 2horas, ela saiu do palco.
Tic tac tic tac tic tac (ficou no ouvido)....
Não voltou; não houve encore!

E assim fomos nós, os milhares, embora.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O Grand Canyon

Foi este Verão.

Dia 14 de Julho mais precisamente.

Estive lá. No Grand Canyon*.

É fascinante existirem paisagens destas, poderosas de tal maneira, que nos reduzem à não capacidade de percepção sequer da sua dimensão!!

Dá-nos um estado de perplexidade, tanto quanto de vontade para alcançar o que quer que seja daquela paisagem, o que é completamente impossível, Inalcançável.

Os helicópeteros, quando passam por nós, conseguimos vê-los, não é? Estamos habituados a isso. No Grand Canyon, eles passam, aos muitos!!
Eu não os alcancei (visualmente falando). Provavelmente na fotografia que segue, andam para lá cerca de vários. Não se veêm.

É realmente indescritível.

Arrisco a dizer com toda a certeza, que não há nenhuma foto capaz de espelhar o sentimento que só quem "vê" o Grand Canyon, consegue ter.


Uma curiosidade desta foto: se houve altura em que fui obrigada a controlar a minha quase fobia de abelhas, essa altura foi no momento desta foto. A minha reacção quando normalmente vejo uma abelha, é fugir (muitas vezes não chego sequer a medir consequências da "figura" que faço). Acontece que momentos antes de subir para aquela pedra, passou UMA GIGANTE!! Imaginam a tensão com estava ali? :)


*"É uma depressão que o Rio Colorado moldou durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros." (in Wikipédia)

Onde é que estavas no 11 de Setembro?

É incrível como todas as pessoas se lembram do momento em que souberam que as torres gémeas estavam prestes a cair... (e todo o resto!)

Chego à conclusão que tal como os nossos pais e avós de lembram de onde estavam no 25 de Abril, a nossa marca do início de uma nova revolução à escala mundial, é o 11 de Setembro.

É curioso...

Eu estava na Feira Nova com a minha mãe, em Aveiro. Quando saímos para ir comprar algo para almoçar, vimos uma senhora aí com os seus 35 anos, em cima de uma cadeira, para ouvir melhor a TV que estava quase no tecto. Com um sotaque bem americano, ela só dizia "oh my God. it's not possible. I can't believe. Oh my god. Oh my god". Histérica!!

Confesso que não percebi a dimensão do acontecimento na altura. Só passado aí umas boas horas.

E se partilhasses aqui no blogue, onde é que estavas?
Fico à espera. :)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Serviço de chamadas de taxis grátis

Hoje descobri uma coisa nova.
Sabiam que é possível chamarem um taxi, sem terem que pagar a chamada?

Para isso, basta terem ligação à internet (ou pedirem a alguém que sabem que tem ;)).

1º - Vão a http://pai.pt/search/taxis_lisboa.html (este endereço é o resultado de uma pesquisa por "taxis lisboa" no site das páginas amarelas)

2º - clicam num dos botões "ligue grátis"

3º - depois de irem para a janela seguinte, basta inserirem o nº de telefone para o qual pretendem que o serviço de taxis vos ligue.

É fácil e sobretudo útil.

Curiosidade: experimentei a mesma pesquisa para as cidades de Porto, Aveiro, Braga, Setúbal, Santarém, Faro, Beja, Castelo Branco e Guimarães. Só o Porto é que tem também este serviço.

A Pequena Festa

Mais um fim-de-semana; mais um programa à altura!

Desta foi a vez da Festa do Avante.
Como em muitas t-shirts vi, “Não há festa como esta”.

Não que o comunismo corresponda aos meus ideais. Não me inclino para partidos. Para mim esta é simplesmente uma festa fabulosa, com características peculiares.

Começo pela heterogeneidade que apresenta.

As pessoas.
Cruzamos-nos com pessoas desde os tão poucos anos, até aos muitos.
Eufóricas, alegres, tristes (muito poucas; talvez apenas por não conseguirem comer uns chocos fritos de Setúbal!), curiosas, apressadas para ir cantar a música que mais gostam, fanáticas, … um misto de estados pessoais abundam, entrecruzam-se!

Os espaços.
Aveiro, Lisboa, Beja, Setúbal, Açores, Braga, Porto, Cuba, Espanha. Todos estes pavilhões e muitos mais, cada um com as suas especialidades. O que têm sempre de comum é: o vinho (uns mais carrascões, outros menos); a sangria; a cerveja; e a bifana!!

Os palcos. A música. A dança. E não só…
Variados. Multiculturais. Quase sempre muito bons! O que mais gostei (do pouco que vi): Big Bang Hot Club.

A carvalhesa…
Essa é um estado de euforia geral!! De repente todas as pessoas com todas as diferenças culturais, sociais e ideológicas, se conhecem e dançam umas com as outras!

O slogan.
“A vida são dois dias. A festa do Avante são três.” :)

Vale a pena!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A Coreografia

Tea for Two. Era o seu nome.
Na Fábrica de Braço de Prata.

A coreografia foi criada pela minha Pequena Clara; e dançada (entre outras) pela minha pipoca (a Catarina!).

A Catarina já se sabe que dança sempre bem (e quem não sabe, fica agora a saber).

A coreografia...
Essa estava... sublime, Clara!!!
Arrepiei-me; emocionei-me.

A escolha musical estava muito boa!
Parabéns pelo que fizeste e hás-de vir a fazer!

Desta maneira, eu exijo que continues e tenho a certeza que com cada vez mais criatividade e maturação!

Tupas, e desta vez só para ti, hein?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A não-longa-metragem; A curta-metragem

Acabei de criar mais uma rubrica: "O não"/"A não" qualquer coisa. lol.

Ontem fui ao MotelX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa.
Não... não gosto de filmes de terror. Não vejo sequer (para mim equivale paí a 5 cafés).

Ontem fui, porque o Nuno Félix (irmão da pipoca :)) estreou ontem (num circuito que não o da faculdade) a sua curta-metragem: A Morte de Tchaikovsky.
A realização, a fotografia, a ideia estão muito boas para início de uma carreira que promete. Parabéns Nuno!

A longa-metragem, de seu nome Doomsday....... Estava eu a pensar que ia estar de olhos fechados durante 106 minutos...
Basicamente o filme é uma verdadeira americanada (embora inglês), onde há uma heroína (traumatizada pela perda da mãe) que tem que salvar uma "nação". Para isso há uma série de lutas contra os maus (é nesta parte que está o "terror" - cabeças e membros cortados), num sítio onde supostamente os recursos (alimentação, luz, água, etc.) são muuuito escassos! A questão é que vamos sendo surpreendidos pelo aparecimento de surrealidades: cavaleiros (com grandes armaduras); carros velhos e de polícia (com gasolina), etc. O cumulo é o aparecimento, já para o fim do filme, de um topo de gama (paí um porsche), e é a partir daí que a heroína salva tudo!!!
Vá lá... a mãe não ressuscitou!!

Reacções do público: Já todos se riam; batiam palmas a cada surpresa que aparecia!

Conclusão: não consigo perceber se gostei do filme. Foi tão mau tão mau, que se tornou bom!(uma coisa é certa, ri-me imenso!!)

Quando me vim embora, só pensava no slogan do festival: "tenham medo. tenham muito medo!!"

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A praia

Há uns dias apresentei-vos O terraço. Agora é a vez d'A praia. Quem sabe se não crio já aqui a rubrica (depois de uma conversa com o Pequenão) "A"/"O" qualquer coisa?... :)

A praia.
Algures na Zambujeira do Mar. Perdida entre caminhos de terra batida mal traçados e, por isso, quase virgem. Nem alguns dos mais velhos moradores a conhecem...
Eu não lhe vi um nome, mas alguém (obrigada Sérgio!) me falou em "Alvrião".

A areia é fina, completamente limpa. As poucas pegadas que tem, poderão ser de alguém que por lá joga umas raquetes (completamente livre!)
O mar, com ondas daquelas divertidas, que nos fazem perder no tempo banhos completamente límpidos.
As pessoas, são meia-dúzia delas. Nem se chegam a ouvir...

A praia... tão selvagem e ao mesmo tempo tão inocente, que corre o risco de por lá ver uns naturistas! ;)

A foto desta vez não falha.


Esta é A praia!

Um Pequeno conselho: tenham a ousadia de explorar! (eu por cá vou tentando fazer o mesmo!)