sábado, 25 de outubro de 2008

Dois CD's

- John Mayer: Where the Light Is - Live in Los Angeles (obrigada coleguinhas :))
1 vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i_M5cNcRcMk

- Beirut: The Flying Club Cup (obrigada amiguinha :))
1 música: http://www.youtube.com/watch?v=PCkT4K-hppE
1 vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=SXIaDBad5Vg

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Deolinda

Parece que os Deolinda estão mesmo na moda!
Ultimamente sem querer, é reportagem na rtp, na sic, na revista timeout, no blitz, no meu pequeno blogue.... :)

Isto é muito bom sinal.
É sinal de que se começa a reconhecer não só o Toni, como também as bandas de qualidade, e a boa música que por cá se faz.
Eu tenho o prazer de já os ter visto 3 vezes. :)

Os Deolinda são uma banda muito sui generis, que introduziram um novo conceito no fado - o fado dançante. As letras das suas músicas dizem respeito às vivências da Deolinda, e como tal da sua envolvência nos subúrbios da capital. Oiçam as letras com atenção. Têm uma boa dose de humor e realismo.

Segundo consta, o sucesso deles é tal, que até já foi lançada uma petição para que o Hino Nacional, “A Portuguesa” fosse substituido pelo “Movimento Perpétuo Associativo” (uma música dos Deolinda), petição esta que já conta com centenas de assinaturas.
http://www.peticao.com.pt/hino-deolinda

A propósito desta música, lembram-se que no 1º post deste blogue, referi que ia a um festival, perto da zona de tomar? O festval bons sons? Também referi que os Deolinda iam lá estar.

Foi o melhor concerto.
O encore mais espetacular!!!
A música final foi exactamente a do "Movimento Perpétuo Associativo", que acaba com a frase "Vão sem mim, que eu vou lá ter" (13 vezes).
Eles sairam.
A maneira do publico os chamar, foi continuar a cantar este refrão vezes sem conta!
O Deolinda voltaram, e acompanharam-nos, até ao fim da música.
Impressionante, como se conseguiu encadear o concerto com o encore, sem que nada fosse combinado!!

O desfecho, claro foi, com o Fon fon fon, e muito boa disposição.

A música "Movimento Perpétuo Associativo":
http://www.youtube.com/watch?v=us9dIcLjfKM

Letra:
Agora sim, damos a volta a isto!Agora sim, há pernas para andar!Agora sim, eu sinto o optimismo!Vamos em frente, ninguém nos vais parar!
Agora não, que é hora do almoço…Agora não, que é hora do jantar…Agora não, que eu acho que não posso…Amanhã vou trabalhar…
Agora sim, temos a força toda!Agora sim, há fé neste querer!Agora sim, só vejo gente boa!Vamos em frente e havemos de vencer!
Agora não, que me dói a barriga…Agora não, dizem que vai chover…Agora não, que joga o Benfica…e eu tenho mais que fazer…
Agora sim, cantamos com vontade!Agora sim, eu sinto a união!Agora sim, já ouço a liberdade!Vamos em frente, é esta a direcção!
Agora não, que falta um impresso…Agora não, que o meu pai não quer…Agora não, que há engarrafamentos
Vão sem mim, que eu vou lá ter… (x13)


Curiosidade: a minha favorita de momento é a "Mal por Mal" (http://www.youtube.com/watch?v=MQkI5ddwl4w)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Blindness

Parece que o ritmo da escrita tem sido pouco.. :S

Hoje é dia de um post sobre cinema! Mais especificamente sobre O Filme que fui ver a semana passada (em antestreia).


Blindness!
Em duas únicas palavras: VEJAM! REPAREM!

Este filme não é mais nem menos do que uma adaptação do livro "Ensaio sobre a Cegueira" do "nosso" José Saramago, tendo aberto o Festival de Cinema de Cannes, onde foi aplaudido com entusiasmo por quase oito minutos na sessão de gala realizada no respectivo Palácio.

A história.
Uma cegueira vinda do nada. Primeiro uma pessoa, depois outra, outra, e outras.
...E da cegueira contagiante da sociedade surge o caos!
Há no entanto alguém que não se contagia, mas que afinal acaba por sofrer tanto ou mais com as influências coexistentes!

Polémico.
Ao que parece, as associações de cegos estadunidenses não gostaram muito da analogia da cegueira para "falar sobre o colapso da sociedade". "O filme retrata as pessoas cegas como monstros e isso é mentira. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros".
Daqui, reforço apenas uma ideia: a cegueira de que José Saramago nos fala não se trata apenas de ficção... :)


Os detalhes.
DELICIOSOS. O realizador Fernando Meirelles, fez-me arrepiar várias vezes, através de pequenos pormenores, sem dúvida, surpreendentes. A fotografia, esteve à altura!

Blindness tem estreia prevista nas salas de cinema portuguesas a 13 de Novembro.

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." (José Saramago)

P.S. - Reacção de saramago ao filme: http://www.youtube.com/watch?v=Y1hzDzAvJOY

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O instrumento

Domingo foi um dia de várias pequenas emoções.
Umas não muito boas; outras boas; outras muito boas!

Uma delas (muito boa), foi a de avivar o imenso gosto e arrepios que me causam ouvir um saxofone perdido numa banda de jazz.
A braço de prata tem destas coisas…

Ora, esta sensação remeteu-me a um acontecimento de há cerca de 3 meses.
Estava eu em Las Vegas, a passear em Fremont Street – a baixa da cidade -,quando oiço um músico, bastante caricato, a tocar saxofone, para quem ali passasse.

Não era um mendigo daqueles que vemos muitas das vezes a tocarem (muitos deles bem), simplesmente para obter um retorno monetário.

Simplesmente era um Entertainer, cujo som do seu instrumento entoava, talvez com o objectivo de atrair público a ouvir.
Apenas.
Ou não estaríamos nós na verdadeira Cidade do Entretenimento.

Lá cheguei eu.
Fiquei especada, a deliciar-me com aquele som.
Não resisti; comecei a filmar.
De repente, por entre o visor da câmara fotográfica, apercebo-me que o músico se começa a aproximar cada vez mais de mim. Toda eu comecei a corar…

E foi isso mesmo que aconteceu.
Ele decidiu fazer um número quase exclusivo para a minha maquina fotográfica.
De repente todas as pessoas que ali passavam se aperceberam do dueto que ali estava a acontecer.
E assim se passaram cerca de 2 minutos, com direito a um piscar de olho no fim.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Seremos todos bipolares?

A pergunta surgiu quando chegámos às 20h de Domingo, após um fim-de-semana intensivo de ... noites dormidas de dia, e começamos a vestir a "capa" da semana, responsável e menos eufórica.

Com maior ou menor dificuldade; com maior ou menor amplitude, o que é certo é que todos temos estados diferenciados em função de determinadas circunstâncias.

Vejamos.... quando falamos com filhos/sobrinhos/crianças temos um tom de voz e um comportamento distinto de quando estamos, por exemplo, a falar com amigos. Este exemplo é fácil de entender e até explicar. E quando temos vários núcleos de pessoas, será a nossa presença, as nossas atitudes semelhantes nos vários grupos onde "pertencemos" e estamos?

Eu assumo que não.

Tenho a perfeita sensação que há pessoas que me julgam de uma maneira completamente diferente daquilo que de vez enquando sou e gosto de ser.

Não é tão estranho pecebermos que os nossos pais, ao fim de anos e anos de convivência, afinal não (re)conhecem determinadas características (básicas) em nós? De facto, muitas delas, nunca chegámos a revelar, e nem sequer conseguimos...

Quem somos afinal?
Teremos nós alguma autenticidade na nossa personalidade, ou simplesmente somos autênticos a ter bi, tri, quadri, ..., polaridade?