quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Blindness

Parece que o ritmo da escrita tem sido pouco.. :S

Hoje é dia de um post sobre cinema! Mais especificamente sobre O Filme que fui ver a semana passada (em antestreia).


Blindness!
Em duas únicas palavras: VEJAM! REPAREM!

Este filme não é mais nem menos do que uma adaptação do livro "Ensaio sobre a Cegueira" do "nosso" José Saramago, tendo aberto o Festival de Cinema de Cannes, onde foi aplaudido com entusiasmo por quase oito minutos na sessão de gala realizada no respectivo Palácio.

A história.
Uma cegueira vinda do nada. Primeiro uma pessoa, depois outra, outra, e outras.
...E da cegueira contagiante da sociedade surge o caos!
Há no entanto alguém que não se contagia, mas que afinal acaba por sofrer tanto ou mais com as influências coexistentes!

Polémico.
Ao que parece, as associações de cegos estadunidenses não gostaram muito da analogia da cegueira para "falar sobre o colapso da sociedade". "O filme retrata as pessoas cegas como monstros e isso é mentira. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros".
Daqui, reforço apenas uma ideia: a cegueira de que José Saramago nos fala não se trata apenas de ficção... :)


Os detalhes.
DELICIOSOS. O realizador Fernando Meirelles, fez-me arrepiar várias vezes, através de pequenos pormenores, sem dúvida, surpreendentes. A fotografia, esteve à altura!

Blindness tem estreia prevista nas salas de cinema portuguesas a 13 de Novembro.

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." (José Saramago)

P.S. - Reacção de saramago ao filme: http://www.youtube.com/watch?v=Y1hzDzAvJOY

1 comentário:

Tiago Pereira da Silva disse...

Parabéns pela escolha amiga!
Arrepiante o momento em que José Saramago diz a Fernando Meirelles:
“Estou tão contente por ter visto este filme”, com a banda sonora como “pano de fundo” confesso que fiquei com pele de galinha..
A sensação que tive, ao interpretar a expressão do genial (porque é mesmo genial cineasta Brasileiro), aquando das palavras do amigo Saramago, foi qualquer coisa do género – agora, nem que o mundo inteiro odeie o filme, já valeu a pena ter tido a coragem de o adaptar ao cinema! Ainda para mais numa época em que parece que descortinamos pelo menos vários tipos de sentimentos pela obra de José Saramago – os que gostam incondicionalmente, os que não gostam e sempre o declararam em público e os que sem conhecer não gostam, porque parece que é novidade tecer comentários de que é chata e cansativa a sua escrita. Já para não falar dos recorrentes “piropos” à famosa pontuação.
Tenho para mim, apenas, que Saramago já não cabe no mundo como nós o conhecemos hoje, porque é simplesmente um homem… E poucos homens com esta simplicidade “habitam” e “convivem” no nosso planeta actualmente.

Tiago Pereira da Silva